quinta-feira, 7 de março de 2013

Quando os pais têm pontos de vista diferentes sobre a educação dos filhos

Fonte: estilo.br.msn.com

Ser pai e mãe é estar em constante negociação. Ninguém é obrigado a ter o mesmo ponto de vista, porém acho importante respeitar algumas regras:


Jamais desautorize o outro na frente da criança – Com o pai da Bia eu tinha um acordo: nunca o contradizia e vice-versa. Se fosse o caso, a gente discutia o tópico e reestipulava a regra (ou não). Mas concordávamos que pior do que uma ordem mal dada era a desmoralização da autoridade. Quando isso acontece, a criança fica confusa sobre quem obedecer. E pode se valer do jogo de poder entre os pais para manipulá-los.

Criem códigos quando não concordarem – Um olhar, um gesto, um pigarro, qualquer combinação vale para sinalizar que a discussão do assunto ou a ordem dada ao filho deve ser interrompida e reavaliada em particular.

Defina o que é ou não negociável – Estabeleça (e esclareça) com o pai da criança os pontos que para vocês são inegociáveis. E negociem. Ele acha inaceitável a cria dormir depois das 21h? Acate e troque por jamais deixar o filhote sem lavar as mãos quando estiver sob a tutela dele. E assim por diante. Entre pais separados, isso funciona superbem e poupa discussões desgastantes. Depois que tiverem definido os pontos principais, sentem-se com o filhote e deixem as regras bem claras. É bom que saiba que vocês estão afinados e sabem o que é melhor para ele. Transmite segurança, harmonia e o principal: ele se sente amado.

Evite o “empurra-empurra” – Quem já não ouviu o clássico “Ah, pergunta para a sua mãe”? Quando chega lá, a resposta é: “Fale com o seu pai”. A criança fica feito barata tonta de um lado para o outro esperando uma solução que se arrasta. Se ponha no lugar dela, é muito chato! Ademais, ela fica com a sensação de que “ninguém dá bola pra mim”, ninguém quer resolver o problema dela. Gera insegurança, ela não sabe se conta com o pai ou com a mãe e pode acabar não contando com nenhum dos dois. Dá desânimo, ela fica desestimulada a questionar e ter ideias próprias. Não sabe o que responder? Leia o próximo tópico:

Admita que não sabe – Escute atentamente o que o seu filho tem a dizer ou está perguntando. Se não tiver uma opinião formada ou estiver em dúvida, por exemplo, se deixa ou não deixa ele ir dormir na casa de um amiguinho, ganhe tempo. Admita que é uma questão para a qual você não tem uma resposta naquele momento. Garanta-lhe que vai pensar no assunto e dê uma data/hora limite para dar o veredicto final. Esta postura transmite à criança a certeza de que você está empenhada no assunto e que sabe o que é melhor para ela. Você pode até dizer que vai conversar com o pai, mas é você quem tem as rédeas da conversa, não o pequeno. Adultos decidem, crianças obedecem. Sempre.

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