Fonte: estilo.br.msn.com
Ser pai e mãe é estar em
constante negociação. Ninguém é obrigado a ter o mesmo ponto de vista, porém
acho importante respeitar algumas regras:
Jamais desautorize o outro na
frente da criança – Com o pai da Bia eu tinha um acordo: nunca o contradizia e
vice-versa. Se fosse o caso, a gente discutia o tópico e reestipulava a regra
(ou não). Mas concordávamos que pior do que uma ordem mal dada era a
desmoralização da autoridade. Quando isso acontece, a criança fica confusa
sobre quem obedecer. E pode se valer do jogo de poder entre os pais para
manipulá-los.
Criem códigos quando não concordarem
– Um olhar, um gesto, um pigarro, qualquer combinação vale para sinalizar que a
discussão do assunto ou a ordem dada ao filho deve ser interrompida e
reavaliada em particular.
Defina o que é ou não negociável
– Estabeleça (e esclareça) com o pai da criança os pontos que para vocês são
inegociáveis. E negociem. Ele acha inaceitável a cria dormir depois das 21h?
Acate e troque por jamais deixar o filhote sem lavar as mãos quando estiver sob
a tutela dele. E assim por diante. Entre pais separados, isso funciona superbem
e poupa discussões desgastantes. Depois que tiverem definido os pontos
principais, sentem-se com o filhote e deixem as regras bem claras. É bom que
saiba que vocês estão afinados e sabem o que é melhor para ele. Transmite
segurança, harmonia e o principal: ele se sente amado.
Evite o “empurra-empurra” – Quem
já não ouviu o clássico “Ah, pergunta para a sua mãe”? Quando chega lá, a
resposta é: “Fale com o seu pai”. A criança fica feito barata tonta de um lado
para o outro esperando uma solução que se arrasta. Se ponha no lugar dela, é
muito chato! Ademais, ela fica com a sensação de que “ninguém dá bola pra mim”,
ninguém quer resolver o problema dela. Gera insegurança, ela não sabe se conta
com o pai ou com a mãe e pode acabar não contando com nenhum dos dois. Dá
desânimo, ela fica desestimulada a questionar e ter ideias próprias. Não sabe o
que responder? Leia o próximo tópico:
Admita que não sabe – Escute
atentamente o que o seu filho tem a dizer ou está perguntando. Se não tiver uma
opinião formada ou estiver em dúvida, por exemplo, se deixa ou não deixa ele ir
dormir na casa de um amiguinho, ganhe tempo. Admita que é uma questão para a
qual você não tem uma resposta naquele momento. Garanta-lhe que vai pensar no
assunto e dê uma data/hora limite para dar o veredicto final. Esta postura
transmite à criança a certeza de que você está empenhada no assunto e que sabe
o que é melhor para ela. Você pode até dizer que vai conversar com o pai, mas é
você quem tem as rédeas da conversa, não o pequeno. Adultos decidem, crianças
obedecem. Sempre.
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