quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Aprendizado para a vida toda


Educação infantil não é luxo e muito menos apenas um local para as crianças ficarem enquanto as mães vão trabalhar. Segundo Dioclécio Campos Júnior, presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, o crescimento e o desenvolvimento do ser humano tem como ciclo prioritário e decisivo os seis primeiros anos de vida. Neste período, o cérebro cresce quase que totalmente e sua estrutura se diferencia em funções que permitem o desenvolvimento da inteligência, da aprendizagem, a capacidade de lidar com estímulos afetivos.

A criança precisa, no entanto, estar num ambiente que a estimule. “Na creche, espera-se que tudo o que a criança faça tenha sido pensado e organizado para sua faixa etária, desde o
espaço até materiais e brinquedos. Em casa, mesmo com a mãe, é mais difícil isso acontecer”, diz Ana Maria Felice, orientadora da Escola Carlitos (SP).

Para Marcelo Cunha Bueno, diretor da Escola Estilo de Aprender, a educação infantil não pode se resumir a cuidados. “Durante muito tempo, ela foi vista apenas como um espaço para a criança ficar em segurança. Mas é preciso haver uma combinação disso com um projeto pedagógico”, diz. É fazer com que a hora da refeição não seja simplesmente um momento de a criança se alimentar. “A educação infantil é a base em que se estabelecem as primeiras relações com a coletividade, com a língua. A criança entende que pode produzir cultura e ter acesso a ela. Ela percebe que o que produz não é só um processo, tem resultado. Aprende o valor do outro, o limite, o significado a respeito do mundo, dela mesma e a importância de cada coisa que acontece na vida dela", afirma Marcelo.

Este texto foi retirado de uma matéria sobre a Capanha "Educação Infantil é Cidadania" da Sociedade Brasileira de Pediatria e a senadora Patrícia Saboya.

Um comentário:

  1. um beijao tia marcia vc foi a minha melhor professora te amo demais fofa

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